Tisci permitiu aos presentes conferirem todos os microdetalhes, como as pérolas envoltas em georgette de seda, os paetês opacos que formam falsas estampas e mais uma infinidade de delicadezas que transformam esta coleção numa das melhores já apresentadas.
Garotas lindas e de olhinhos puxados que Riccardo Tisci apresentou a sua versão oriental da passarela Givenchy. O desfile couture da maison teve como foco o Japão, mas o estilista tratou de explicar que o seu olhar não foi para os quimonos, os obis ou as gueixas. Tudo começou com a morte do performático Kazuo Ohno (27/10/1906 – 01/06/2010), um mestre do Butoh. Veja um trecho de sua dança, e para saber mais assista ao filme “Hanami, Cerejeiras em Flor”.
Antony Hegarty, um amigo de Tisci, prestou uma série de homenagens ao dançarino e foi então que Ohno se tornou uma referência fortíssima ao estilista, tanto que ele o declara seu novo muso. Foi dele que vieram as características da coleção: “Ohno oferece o romance, a melancolia e a paleta”, declarou. Mas nem só de Butoh ele fez o desfile: outro lado do Japão, o dos tecnólogicos robôs também serviram como fonte para Riccardo – que aparecem nos chapéus de Philip Treacy, nos sapatos e nos apliques:
"Para os que se preocupam com qualidade, o prestígio é a coisa mais importante. Acredito sempre na alta-costura e desejo que ela dure até o fim da minha carreira. Sempre a defendi, com a perfeição que ela implica. Não há duas maneiras de se exercer a profissão. Sucesso não é prestígio. O sucesso é passageiro, o prestígio é outro assunto. Ele persiste depois da gente. É preciso trabalhar para não ter trabalhado em vão."
Givenchy
Fonte: Julia Petit
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